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quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Cântico à Aurora



Valeu (pode crer, valeu)
Desde que amanheceu!

É fascinante
A todo instante acreditar
Que outro dia que virá
Será melhor,
Será melhor,
Será melhor, assim será!

Porque valeu,
Desde que amanheceu!

Vamos embora...
Mas na memória fica a sensação,
Viva a nossa energia,
Viva a nossa efusão!

Valeu (pode crer, valeu)
Desde que amanheceu!

Em outro plano
Não há engano, não Senhor,
Em outro plano eu sinto fé
E mais amor!

Porque valeu,
Desde que amanheceu!


Imagem http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=22163 (Rosa Acosta) Acessado em 29 dez 2011 

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Fu'Deus!!!

  
A vida é como uma corrida
Com hora marcada pra largada,
Mas sem hora definida
Pra chegada...

Quando é evidenciado um vestígio
De fim de linha,
O sujeito aceita a triste sorte
Ou desesperado sai de órbita.


Apelativamente alguns
Pronunciam em silêncio
Ou gritam enfaticamente:
Meu Deus!!!

Nessa hora caótica não tem jeito,
Essa frase, “meu Deus”, é dita, universalmente,
Até por ateus que podem justificar
Como sendo “força de expressão”.

Até eu (ateu),
Antes de chegar o final
Quero soletrar bem alto:
FU’DEUS!!! (Fui, Deus!)


Acessado em 27 dez 2011

sábado, 24 de dezembro de 2011

O Paraíso Existe


Ao procurar por um canal
De esporte na tevê,
Fiquei hipnotizado ao ver
Um desfile de beldades.
O nome do programa era
"Victoria's  Secret Fashion show".
Madona mia, me perdoa!
Mas aquele desfile magnetizante
Foi um convite
E uma constatação
De que o éden existe.
Anjos, deusas, musas,
Fascinantes mulheres de todas as raças
Flutuavam pela passarela.
Aquela magnífica apresentação
Transcendia os olhares dos espectadores.
Virtualmente eu fiquei palpitante.
Ali se encontravam as mulheres
Mais voluptuosas do planeta terra.
Criaturas capitosas.
Encanto que supera o canto das sereias.
Sonho de paixão
Do universo masculino.
Parabéns a natureza que as criou!


Image: http://www.tvi24.iol.pt/fotos/1/217063
Acessado em 24 dez 2011

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Clima de Boas Festas


Papai mandou um recado por mim:
“Basta de cuecas e meias neste natal.
A não ser se estiverem recheadas de dim-dim,
Aí sim, tá legal.

Mas que não seja dinheiro desviado do povo.
O rateio será só do povo aqui de casa;
Para a festa do natal e do ano novo;
Quero ver ‘ bastante carne’ na brasa!

Ah, também não poderá faltar, nesse dia,
Champanha e a esperta loira gelada,
Guloseimas e a família em plena sintonia.

Vamos varar a madrugada,
Festejando e desejando que a harmonia
Ilumine a todos, na contingencial caminhada."


Acessado em 22 dez 2011

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Amanhece- Anoitece...


O ato de ser
Naturalmente bom,
Do verbo ser,
É apenas um pensamento
Trancafiado
A ser conjugado
No amanhã
Do amanhã
Do amanhã...
A cada instante esperamos
Uma nova sentença
No amanhecer.
Mas logo anoitece,
E o valor do que não pode ser
Avaliado
É dissipado
Num instinto frívolo.
Mas “NOVA MENTE” amanhece.


quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ciclone Catarina (27/03/2004)


Hoje levantei mais cedo,
Com sede de ver o mar.
Antes do sol nascer
Eu zarpei pra cá.


Estou sentado na areia da praia,
Esperando Catarina passar.
Quem sabe, Catarina  me leva deste lugar.
Quero ir pra longe, muito longe,
Prá lá de Bagdá!
Enquanto Catarina não chega,
Eu fico aqui,
Observando chatas gaivotas
Planando no ar,
E ondas batendo nas pedras
Com o seu som xaropemente singular.

De repente, quase sempre, isso acontece comigo,
Me bate uma saudade de algum lugar.
Mas eu não sei de onde...
Imanente também,
Pinta uma saudade de alguém.
Mas eu não sei de quem...

Pois é, continuo aqui, agora, sentado
nas pedras, próximo as  águas,
Esperando algo acontecer.
E nada de Catarina passar!...





                                    

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Exercício Filosófico



Desde que eu me conheço por gente o mundo é apocalíptico. Mas até hoje eu não me acostumei com os descalabros cotidianos. “Eu morro e não vejo tudo”, diz o ditado popular, mas o pouco que eu já vi é impactante pra toda a minha vida. É impossível ficar indiferente ao que se desmorona ao nosso redor. Acontecem absurdos, diariamente, que parecem ser introdução ao final dos tempos: terremotos; Tsunamis; corrupção em vários sentidos;  animais, ditos racionais, inescrupulosos, etcetera e tal.
Logo, já não é novidade, que a terra é um planeta trágico de se habitar, em vários e aloprados aspectos sociais, a miséria epistemologicamente predomina. A mesquinharia apossou-se da carcomida alma do bicho homem. Nada mais me surpreende...
Quantos mais precisam morrer para que impere o sentimento maior? O que mais precisa acontecer para que se estabeleça a categórica ordem universal? Se Deus existe, parece-me uma entidade triste; indiferente e impotente diante dos absurdos em que vivem os seus ditos filhos, "feitos a sua imagem e semelhança”. Se “Deus é perfeito”, eu o desafio pra provar, agora, esta máxima, através de uma nova versão da criação. (“ Fiat lux”, da sua real imagem, semelhança e discernimento, nesse exato momento,  na cabeça desse limitado ser chamado homem!)






Imagem:http://rccacari.blogspot.com/2011/07/como-saber-se-somos-luz.html Acessado em 13 dez 2011

sábado, 10 de dezembro de 2011

Bobeira

 

Ainda sinto o perfume ordinário
E o amargo gosto da traição;
Caí nos laços da tentação.
Como eu pude ser tão otário?!

Te perdi de bobeira.
Como fui viajar.
Foi numa sexta feira;
Não era treze, mas foi de azar.

Sinto-me condenado
A viver na solidão.
Pois sem você coração,
Estou ferrado!

Te perdi de bobeira.
Como fui vacilar.
Que infantilidade traiçoeira,
Jamais vou me perdoar.

Você na sua generosidade
Diz que me perdoou,
Mas que eu esqueça o seu amor
Como afinidade.

Te perdi de bobeira.
Como fui magoar
Uma pessoa tão companheira
Que só queria me amar.



Acessado em 10 dez 2011



quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

O Motoqueiro Radical


Louco de faceiro,
Lá ia o motoqueiro
Com a sua incrível máquina sedenta,
Já beirando a cento e sessenta.
Mas eis que surge em seu caminho,
Um indesejável bezerrinho.
O motoqueiro freou, a moto bailou,
E seu corpo num perau se projetou.
Antes de estatelar-se ao chão
Ele ainda filosofou:
“Posso ir dessa pro além,
Mas vou num voo como ninguém”.
Por sorte do motoqueiro
Não foi dessa vez que ele foi
Apresentar-se para o coveiro.

Mas vejam só o seu triste saldo,
Mais parece uma lista de supermercado:
10 costelas quebradas,
8 dentes, as clavículas,
Os 2 braços as 2 pernas,
7 dedos das mãos, o nariz
E escoriações por todo seu corpo;
Além de certas confusões mentais...
Uma grande empreitada para o hospital.
Hoje, em sua casa, sequelado,
O motoqueiro ainda lembra
Daquele casual dia
Com certa nostalgia.
Pois, afinal, ele achou radical
Aquele voo experimental.




Imagem: http://www.stickten.com.br/loja/motoqueiro-radical.html Acessado em 07 dez 2011

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Bens

                                            
Bens, têm gente que tem:
Garimpado, legado, furtado...
Agora quem nasce Zé Ninguém
De berço já vem telegrafado.

Uns vivem no miserê até a morte;
Outros, Zé Ninguém,
Batalham pra ter sorte
E honestamente se dão bem.

Por isso, veja bem,
Não há ninguém
Tão Zé Ninguém
Que não possa se dar bem.












sábado, 3 de dezembro de 2011

Falo ou Calo


Falo, não me ouve.
Falo, dá nos nervos.
Duro, cabeça quente;
Vulgo cabeção se acha infalível.
Age por impulso,
Pulsando adoidado
Os seus retesados músculos.
Ele só quer fandango
O tempo inteiro.
Não para pra pensar.
Agita-se, agita-se, agita-se,
Até vomitar!
Só depois de saciado
Ele sossega o couro;
Esmorece, fica sereno,
Lânguido e pequeno.
Mas se provocado, novamente,
Torna-se Imponente
Se achando o próprio Excalibur.
Falo, têm altos e baixos;
Grandes, médios e pequenos.
Não importa o gênero;
O que importa é o seu desempenho febril.
Por isso: “vem que tem, pra todo gosto,
Vai e vem!"
Falo é a alegria de mulheres solteiras ou casadas
E também de alegres almas rosadas.
Falo é generoso,
Mas também perigoso.
Ele provoca extasiantes gozos,
Mas não tem um pinto de juízo.
Falo é movido por pura sensação
Logo, não segue nenhuma religião.
Traça mulher feia ou bonita
E se marcar, até cabrita!
E que o deixa ainda mais convencido
É saber que amor de falo sempre fica.