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quinta-feira, 24 de março de 2011

EU NÃO VINHO SEM VOCÊ

Minha uva, eu só quero você.
Sei que ando um tanto capitoso,
E faz uma cara que você não me vê
De cara, suave e carinhoso.

Tenho andado demi-seco,
Meu ibope está por um triz.
Mas eu vou sair desse beco
E viver só pra te fazer feliz.

A cada dia que passa,
Eu sofro com a sua falta.
Sem você minha pressão fica alta.
Preciso de você como bebum de cachaça.

Você é tudo de bom,
Em todo aspecto.
Superior a qualquer bourbon,
Você ativa o meu intelecto.

Desculpe-me, meu encorpado amor.
Eu não viverei mais no engano.
Serei fiel ao seu refinado sabor.
Minha uva, eu te amo.

2 comentários:

  1. Caro Julio
    O título é ótimo. Eu o leio como "Eu não cabernet sem você", em homenagem à rainha das uvas. Realmente, vc tem um dom natural de versar. Leia em meu blog Ezra Pound, pois a definição deste mestre sobre o que é Poesia, qual a distinção entre prosa e poesia, parece ter sido escrita para você. Não se encabule. Continue omarkayando, pois in vino veritas, ou melhor, entra o alcool, sai a verdade.

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  2. Você muito generoso, meu poético amigo!

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Muitíssimo obrigado pela sua visita.