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segunda-feira, 16 de maio de 2022

 

COMI DEUS ( PAREIDOLIA)

 

 

Eu vi a sua face

Num alface.

Sim, eu vi a face de Deus

Num alface.

Face a face eu e o Alfa’ce.

Ele em disfarce,

Eu na desfaçatez,

Com a mesma face.

Pensei,

Eu um animal,

Ele um vegetal.

E num instinto animalesco,

Com apetite voraz,

Mais que de repente,

Comi a sua face real;

Mesmo sabendo

Que isso era um sacrilégio

Pra lá de surreal.

 

 

quarta-feira, 23 de março de 2016

FLORIANÓPOLIS, MEU CHÃO!




Florianópolis, carinhosamente Floripa, meu chão.
Majestosa, ostenta, entre outros, o Morro da Cruz.
Vaidosa, exibe exuberantes praias que seduz
O nativo; o manezinho ou não.

Floripa, Flor-Ímpar, meu chão.
Sua fauna e sua flora
Evoca um jardim de delícia onde aflora,
Em mim, essa ardente paixão.

Ilha da magia, da alegria, meu chão.
Ilha do Zininho, Ilha do Vizinho...
Ilha da Maria, Ilha do João.

Ilha da Magia, meu rico Desterro, meu chão.
Viva a sua glória! Salve a sua história!
Abençoada é a sua criação.

Imagem Apud: http://blogdobeirinha.blogspot.com.br/2011/02/da-serie-por-do-sol-ponte-hercilio-luz.html
Acesso 23/032016


                                                        

domingo, 31 de janeiro de 2016

TEATRO FETICHISTA


Nos lançamos da lua,
Nos aprofundamos no mar.
A culpa é minha e sua
Se viajamos neste bar.

Altas madrugadas,
E não sabemos onde vamos parar.
Almas tatuadas
E já não temos como apagar.

Adoramos estar alucinados,
Pra nós isso é quase tudo.
Não nos importamos com o passado,
É suicídio absurdo.

Eu sou o titã astro,
Você é a deusa do império.
Nossa relação é um teatro,
Não levamos nada a sério.

Interpretamos muito bem
Uma história de amor:
“A serpente do éden
E o gavião predador”.

Quando nossas máscaras caem
É fácil constatar,
Porque nossos egos se atraem,
Porque nossa vida é representar.

Somos escravos
Da nossa ambição,
Somos conchavos
Do nosso rígido coração.

Nosso sucesso jamais balança,
Pois sabemos acontecer.
Sabemos também que o futuro cansa,
E o que interessa no agora é viver.

Somos ricos em personagens,
No teatro ou na vida real.
Polemizamos nossas imagens,
Pois ser popular é ser sideral.

Nosso “amor” está cabalmente certo,
Em nada temos que mudar.
Deturpamos o abstrato e o concreto
Pra nosso talento jamais acabar.

domingo, 25 de janeiro de 2015

Samba Sampa

Tecnologia de ponta,
Expertise na economia,
Correria no dia-a-dia,
Prenúncios de imobilidades...

Tudo acontece primeiro em Sampa;
Tudo cabe em Sampa;
Tudo acaba em samba
Ou em evasivas-fogosas boemia.

Samba Sampa,
Mas quem mais samba,
No silêncio da noite plúmbea,
É a solidão que pede compania.

Samba cidadão paulistano que é paulista!
Samba cidadão paulista que não é paulistano!
Samba solidão!
Samba poluição!

quinta-feira, 3 de julho de 2014

Fálico Agora, ou Cale-se Para Sempre!




Falo, não me ouve.
Falo, dá nos nervos.
Duro, cabeça quente;
Vulgo cabeção se acha infalível.
Age por impulso,
Pulsando adoidado
Os seus retesados músculos.
Ele só quer fandango
O tempo inteiro.
Não para pra pensar.
Agita-se, agita-se, agita-se:
Até vomitar!
Só depois de saciado
Ele sossega o couro;
Esmorece, fica sereno,
Lânguido e pequeno.
Mas se provocado, novamente,
Torna-se Imponente
Se achando o próprio Excalibur.
Falo, têm altos e baixos;
Grandes, médios e pequenos.
Não importa o gênero;
O que importa é o seu desempenho febril.
Por isso: “vem que tem, pra todo gosto".
Vai e vem! Vai e vem! Vai e vem, se não prevenir, faz neném.
Falo é a alegria de mulheres solteiras ou casadas
E também de alegres almas rosadas.
Falo é generoso,
Mas também perigoso.
Ele provoca extasiantes gozos,
Mas não tem um pinto de juízo.
Falo é movido por pura sensação
Logo, não segue nenhuma religião.
Traça mulher feia ou bonita
E se marcar, até cabrita!
E que o deixa ainda mais convencido
É saber que amor de falo sempre fica.





sexta-feira, 18 de abril de 2014

sábado, 5 de abril de 2014

ATITUDE

 

Todo mundo diz,
Todo mundo faz...
Todo mundo é aprendiz,
Todo mundo é capaz...

Mas nem sempre é absorvido
Um adjetivo precipitado,
E tudo fica subentendido
Até que seja superado.

Não é fácil dizer
Tudo o que se sente,
Muito menos desfazer
Certas hostilidades da mente.

Difícil mesmo é não tentar,
Fácil é só querer.
Muitos vivem sem se acreditar,
Outros vivem procurando crer.

Abrolhos na caminhada,
A expurgação deve ser ativa.
Pois só haverá nova alvorada
Com obstinada iniciativa.

Não depende de ninguém,
Não depende de guru,
Não depende do além...
No labirinto é tu e mais tu.