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sábado, 28 de janeiro de 2012

A Criança Pede Socorro


Vejo a terra como sendo uma criança
E por sinal, uma criança, muito malcuidada:
Anêmica; desnutrida; maltratada,
Deficiente de carinhos,
Enfim, totalmente desassistida.
Triste e cruel realidade.
A criança pede socorro.
E quem é o pai dessa criança?
Desnaturados,
O pai dessa criança somos nós!
Que tipo de pai, afinal de contas, somos
Ao permitir que ela se encontre
Nesse estado calamitoso e malbaratador?
Paradoxalmente, cada vez mais,
Desrespeitamos essa criança tão linda
Que só nos proporciona alegrias.
Precisamos tomar vergonha na cara
E assumir voluntariamente
Essa salutar criança que nos pertence.
Se não tomarmarmos atitudes sustentável,
Essa criança vai fenecer.
Sejamos homens!
Ainda há tempo para que façamos
Algo determinante em prol dessa criança.
Só assim, ela poderá se convalescer
E voltar a sorrir o sorriso do paraíso telúrico.
Protegendo essa maravilhosa criança,
Na verdade, estamos protegendo
A nós mesmos e a nossa continuidade.



 Acessado em 28 jan 2012

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Crise dos Quinze Anos?


Será que você ainda me ama?
Se é que um dia já me amou.
Será que o teu amor foi só mais um fogo
Que consequentemente se apagou?

Eu, também, não sei se te amo.
Se é que um dia te amei.
Será que isso é só mais uma crise?
Sinceramente, já não sei.

Eu estou muito confuso
Nesse exato momento.
Está tudo dando errado...
Não vejo mais liga nesse relacionamento.

Eu vejo você distante,
Se evadindo de mim.
Você diz que estou fazendo tudo
Pra nossa história chegar ao fim.

O que vamos fazer?
Eu não sei mais o que faço.
O que você me diz:
Deixa quieto ou que vá tudo pro espaço?




Acessado em 26 jan 2012



terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Crack


Crack é o excremento do diabo
E o traficante é o seu mais cruel representante
Nesse mundo de “meu Deus”.
Quando o traficante
Apresenta o crack para os usuários,
É como se uma mosca varejeira
Dissesse: “comam merda, que é bom!”
Sendo assim, o viciado fica fascinado
Pelo crack, assim como as moscas
Ficam pela merda.
Triste e nauseante realidade.
Não querendo pegar pesado;
Não querendo ser grosseiro,
Mas crack é uma merda mesmo!
O crack detona tudo
Que o usuário possui;
O crack destrói o corpo,
Deturpa a alma e, gratuitamente,
Leva as pessoas mais próximas
A conhecer e a vivenciar
Um verdadeiro inferno.
Com o crack não existem valores,
Só teatro de horrores.
A campanha está no ar:
“Crack, nem pensar”.

sábado, 21 de janeiro de 2012

Rap do "Diga não ao Crack"


Salve, salve, minha gente!
Se liga nesse destaque:
Seja inteligente,
Diga não ao crack!

Problemas todo mundo têm;
Por mais cruel que seja, vá devagar.
Lembre-se que há sempre alguém
Disposto a nos ajudar.

Por isso é que eu digo,
Não viaja, gurizão!
Quem é de fato teu amigo,
Não te oferece droga não.

Veja lá, meu irmão,
Reflita nessa:
Crack nunca é solução,
Saí fora dessa!

Pois é, camarada,
Valorize a sua vida.
Não entre em furada.
Crack então, tá com nada!


Acessado em 21 jan 2012



terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Sol da Paixão


Quando ressurge o sol, a terra,
Que até então se cobria
Com o seu manto negro,
Se desnuda, sedutoramente,
Exibindo assim
Todas as suas fabulosas formas
Desfrutáveis.
Quando reaparece o sol,
Todas as espécies animais
E vegetais
Ficam animadamente excitadas.
Quando renasce o sol,
Eu amo despertar
Ao lado do meu tesouro.
Quando pinta o sol, inevitavelmente,
O fogo da paixão incendeia
Os eternos apaixonados.

Quando o sol se põe,
Eu não fico inanimado.
Pelo contrário,
Eu extravaso
A minha reserva
De energia
Ao lado do meu voluptuoso amor.
Depois, relaxadamente, adormeço,
E espero positivamente o amanhecer.

Eu tenho plena confiança
No sol do porvir
Que, na realidade, é imanente
E nos dá de presente
Nova luz a cada dia.
Por isso é que toda terra;
Toda matéria orgânica
Que capta a sua energia,
Se desnuda, in natura,
Fica quente - úmida
E explode num sagrado clímax
De prazer.


Acessado em 17 jan 2012

sábado, 14 de janeiro de 2012

Poema de um ex-Noitibó


Já fui um noitibó;
Me recolhia no crepúsculo da manhã,
Me alimentava só de pó...
Vestia máscara de satã...

Agora, da minha cama,
Ouço o galo me despertar,
Mas tem galo sacana
Que não tem hora pra cantar...

É bom viver novamente o dia
Sem óculos-escuro.
Sinto gratificante euforia
Estar maduro pulando o  muro...

Não curto mais grade,
Nem elos de corrente.
“Comigo ninguém pode”,
Era químico acidente...

Não paro mais no tempo,
Aproveito cada momento.
Claro que o processo é lento,
Mas o que importa é o movimento...

Chega de fuga pra escuridão!
Fechar as pálpebras não satisfaz!
A clareza é a mansidão!
Abrir os olhos pra vida é demais!




Acessado em 14 jan 2012



terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Carência da Quinta-Essência


Celas, em pleno jardim,
Antiga nova era
Sem tréguas, sem fim...
Correntes, herança da escravidão,
Não oxidam com o passar do tempo.
Parecem inoxidáveis!
Quentes, como lavas de vulcão,
São as lágrimas que caem
Dos olhos de uma criança que, inocentemente,
É espancada, abusada, humilhada, obliterada!
Outras crianças, adulteradas, nas esquinas da vida,
Matam por um boné,
Por um barato qualquer...
Ou por uma demoníaca pedra de crack;
Matam por nada!
Por um instinto cruel e assombroso,
Muitos estão perdidos, se corrompendo,
E se afundando, cada vez mais, na lama das lamas.
Eu choro com a criança
Que acaba de nascer.
Eu choro com a multidão
Que chora por não ter o que comer.
Eu choro com a vítima
Que não tem direito a viver.

A tecnologia energúmena, do homem,
É tal um tornado devastador;
Decompõe montanhas,
Muda o curso dos rios,
Semeia abismos...
A safra é grande de cataclismos!

Abram-se as cortinas!
Quero ver um novo jardim,
Onde não existam grilhões,
Misérias, egoísmo, deteriorações...
Que o verde equilíbrio
Caia na aridez de todo deserto,
Que todo “Ser Luz”
Tenha direito a viver!
Enfim, vamos acabar com o absurdo,
E edificar o amor acima de tudo!

Amor:
Sensível instinto natural
Que absorve toda beleza,
Mola universal
Que rege a pureza.
Eis a carência humanal.



Acessado em 10 jan 2012

domingo, 8 de janeiro de 2012

Pra Lá de Animal (Monstro)


Tem gente, pra lá de animal, que não gosta
De cão (um tipo degradante);
Tem gente que não gosta
De gato (um rato)
Tem gente que não gosta
De gente (um demente)
Pra esse tipo de gente,
Que rompe a fronteira do bem e do mal:
Cadeira elétrica;
Letal na veia;
Guilhotina,
Ou outra modalidade, não cabe.
Como sugestão, sugiro,
Empalação sob uma bicicleta, no lugar do selim,
Até o seu miserável fim.
Quem sabe exposto numa bienal,
Com a seguinte inscrição: “Animal em Extinção”.
Em certas desordens subumanas,
A resignação já não é o suficiente.
Para esses tipos de casos: distanásia!
Não é questão de retorno ao primitivismo,
Mas questão de indignação.

Acessado em 08 jan 2012



sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Axitragal e Ahnara


Lagartixa na parede do quarto,
Bem acomodada, ela habita atrás do roupeiro.
Carinhosamente eu a chamo de Axitragal.
Aranha no canto da sala;
Suntuosamente instalada
Em sua engenhosa teia.
Carinhosamente eu a chamo de Ahnara.
Axitragal e Ahnara já são de casa
E tem todo o meu apreço.
Elas formam uma dupla infernal
Contra os insetos; “contra os insetos”.
Quando elas pegam um mosquito,
Eu imagino que, pra elas,
Irão saborear um bom-bocado.
Agora quando se trata de uma barata,
Eu imagino que seja um naco de filé mignon.
Em suma, as suas refeições
São uns salivantes acepipes.
É isso aí, uns tem cão
Outros têm gato;
Eu tenho a Axitragal e a Ahnara.
Esses bichinhos espetaculares
Me enchem de orgulho.
Além do mais, não me dão nenhum trabalho
E nenhuma despesa.
Pois eu não preciso levá-los pra passear
E nem tão pouco gasto com ração.

domingo, 1 de janeiro de 2012

Adorável Estrela


Por muito tempo
Estive olhando, com olhar de procura,
Ao céu e orando desesperadamente aos céus.
Nessa busca, eu vi milhares de estrelas.
Muito pulei...
Muito me enganei.
Até que uma noite, literalmente, iluminada,
Uma verdadeira alma de estrela eu toquei;
De tal forma, que desci ao chão nas nuvens.

Meus dias se tornaram longos,
Pois eu só desejava, ansiosamente,
Que a tal noite, iluminada,
Chegasse logo, para que eu pudesse ver
A estrela que toquei e que tocou o meu coração.
E foi aí que eu percebi
Que eu não conseguia mais viver
Longe dessa adorável estrela.
Então, pulei ao céu, definitivamente,
E agarrei-a com unhas e dentes (matrimonialmente).

P.S: parafraseando Manuel bandeira,
Hoje ela é a estrela da minha vida inteira.


Acessado em 01 jan 2012