Minha sensibilidade
É tão sensível
Que me impede de chorar.
Há lágrimas em demasia
Dentro de mim;
Dentro do meu pensar.
Sou tênue, no entanto,
Guardo toda dor do mundo.
Essa estagnação fenomenal
De líquidos salgados, um dia,
Irá explodir,
Então, irei me diluir
Num mar.
Muito bom. Lembra Fernando Pessoa, falando do mar português da época dos descobrimentos, das mortes dos navegadores... "Ó mar salgado, quanto do teu sal são lágrimas de Portugal" ... e aí segue-se o chavão: -Valeu a pena? etc.
ResponderExcluirValeu!
ResponderExcluirLembrar Pessoa é lembrar poesia, e poesia é tudo; tudo que nos resta...