Os vaga-lumes fêmeas,
Quando atingem
A adolescência,
Voam para as alturas
Até se transformarem em estrelas.
Os vaga-lumes machos
Ficam aqui embaixo, na terra,
Cortejando-as
Com seus poemas
De imagens cintilantes.
E como acontece, com a maioria das fêmeas,
Elas não resistem
As brilhantes investidas poéticas
Dos sedutores bichinhos telúricos.
Então, elas mergulham
Apaixonadamente;
Deixam de ser estrelas
Para se transformarem
Em senhoras vaga-lumes.
São as ditas cadentes.
Vinícius depois de entornar um litro de Vat 69, também escreveu um poema-prosa lominoso que assim principia.
ResponderExcluirHoje eu colocarei pequenas lâmpadas em todos os lírios, e acenderei os campos da Terra para que a Lua, quando nasça, pense que está bêbada, e que o Infinito virou ao contrário, e vomite sobre o Mundo uma galáxia multicor.
Abs pirilâmpicos
Grande Vinícius!(Grande Alfredo!) Tenho um filho com o nome desse poeta, ambos gente boníssimas!
ResponderExcluirComo o próprio "poetinha" escreve nesse texto: "Cabe de tudo neste mundo, filhos meus... Em verdade vos digo que é Flórida, é mais que Flórida é Florença, e mais que Florença é Florianópolis"...
Logo, não deixa de ser uma honra para a nossa grande Floripa, o simples fato da menção da nossa polis.
Vat 69 é? Será que é bom esse troço!
Abraços Luminosos!