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segunda-feira, 13 de junho de 2011

Lapso de um figuro

De que me adianta ter toda essa
Corpulenta riqueza material,
Sendo um miserável pobre espiritual?
De que me adianta ter flores,
De toda natureza,
No meu vasto jardim telúrico,
Se nunca me alcançou
Um toque sagrado de sensibilidade
Para acariciar o meu interior?
Que inveja tenho do bêbado,
Do esquálido “Bar da Esquina”,
Um miserável assalariado
Que canta com jubilosa ênfase
Os delírios da vida.
Sim, por um momento, eu gostaria de ser
Um alegre ébrio contumaz
Do esquálido “Bar da Esquina”.
Sendo assim, eu não seria um corrupto
Repleto de “atos secretos”.
Estou parecendo um melancólico poeta
Que bebe a tristeza misturada com a alegria.
Quem me dera,
Se eu fosse um desses pássaros poetas.
Sendo assim, eu poderia mergulhar
Em antigos sentimentos
Não petrificados pelo cupidez.
Então, altivamente, eu atingiria
O terapêutico baluarte da poesia.
Quê!? Devo estar delirando.
Mulher, quem comprou
Esse uísque falsificado
Que causa alucinações?!...

Um comentário:

  1. As alucinações são marcas registradas de nossos tempos ...
    Sou grato pela visita e pela dica, mas não consegui, ainda , entender o que se passa no blogger , pois só alguns comentários são rejeitados...(aqui foi rejeitado o comentário e posto como "anônimo")
    Enfim, seguimos ...
    IVAN CEZAR
    (http://ivancezar.blogspot.com)

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Muitíssimo obrigado pela sua visita.