Seguidores

sexta-feira, 1 de abril de 2011

AH! MÁQUINA CAPITALISTA!

Libélulas faceiras no ar,
Borboletas extravagantes a desfilar;
Abelhas namorando flores
De múltiplas cores;
Andorinhas fazendo acrobacias
Próximo a um regato de águas frias;
No capinzal,
Bicos-de-lacre tal qual
Crianças danadas;
Sapos coaxando para as suas namoradas.

Ao anoitecer,
Fabuloso de se ver,
Vaga-lumes fotografando noite afora.
Pardais anunciando uma nova aurora

Que espetáculo!
Tudo isso no terreno baldio
Que fica ao fundo do meu quintal.
Basta-me ir até a janela para apreciar
Essas preciosidades poéticas.

P.S: A máquina capitalista
Despojou a tão inspirativa
Fauna e flora.
Ergue-se ali, agora,
Mais um arranha-céu.
Que mer...cadoria!

2 comentários:

  1. Gostei da "técnica". O confronto dialético entre o título e o texto, que carregam significados mutuamente excludentes. Abs.

    ResponderExcluir

Muitíssimo obrigado pela sua visita.