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terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Carência da Quinta-Essência


Celas, em pleno jardim,
Antiga nova era
Sem tréguas, sem fim...
Correntes, herança da escravidão,
Não oxidam com o passar do tempo.
Parecem inoxidáveis!
Quentes, como lavas de vulcão,
São as lágrimas que caem
Dos olhos de uma criança que, inocentemente,
É espancada, abusada, humilhada, obliterada!
Outras crianças, adulteradas, nas esquinas da vida,
Matam por um boné,
Por um barato qualquer...
Ou por uma demoníaca pedra de crack;
Matam por nada!
Por um instinto cruel e assombroso,
Muitos estão perdidos, se corrompendo,
E se afundando, cada vez mais, na lama das lamas.
Eu choro com a criança
Que acaba de nascer.
Eu choro com a multidão
Que chora por não ter o que comer.
Eu choro com a vítima
Que não tem direito a viver.

A tecnologia energúmena, do homem,
É tal um tornado devastador;
Decompõe montanhas,
Muda o curso dos rios,
Semeia abismos...
A safra é grande de cataclismos!

Abram-se as cortinas!
Quero ver um novo jardim,
Onde não existam grilhões,
Misérias, egoísmo, deteriorações...
Que o verde equilíbrio
Caia na aridez de todo deserto,
Que todo “Ser Luz”
Tenha direito a viver!
Enfim, vamos acabar com o absurdo,
E edificar o amor acima de tudo!

Amor:
Sensível instinto natural
Que absorve toda beleza,
Mola universal
Que rege a pureza.
Eis a carência humanal.



Acessado em 10 jan 2012

4 comentários:

  1. A escravidão e a injustiça social sempre irão existir, muda apenas o tempo e a cara e a criança é sempre a maior vítima.

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  2. Oiiiiiiiiiiii Julio,
    Lamentavelmente só mudam as moscas... Está certo o salmista quando diz que não há nada de novo sob o sol, mas, apesar de tudo, ainda insisto na esperança de renovação, no acordar do ser humano. Quem sabe um dia... Veja, 2012 está aqui, novinho em folha, pra gente fazer história.
    Bjsssssss

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  3. Bom de ler grande e imaginativo ao mesmo tempo com pitadas de realismo para se sub-entender o que deixa o escrito gostoso de ler

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Muitíssimo obrigado pela sua visita.