Vejo a terra como sendo uma criança
E por sinal, uma criança, muito malcuidada:
Anêmica; desnutrida; maltratada,
Deficiente de carinhos,
Enfim, totalmente desassistida.
Triste e cruel realidade.
A criança pede socorro.
E quem é o pai dessa criança?
Desnaturados,
O pai dessa criança somos nós!
Que tipo de pai, afinal de contas, somos
Ao permitir que ela se encontre
Nesse estado calamitoso e malbaratador?
Paradoxalmente, cada vez mais,
Desrespeitamos essa criança tão linda
Que só nos proporciona alegrias.
Precisamos tomar vergonha na cara
E assumir voluntariamente
Essa salutar criança que nos pertence.
Se não tomarmarmos atitudes sustentável,
Essa criança vai fenecer.
Sejamos homens!
Ainda há tempo para que façamos
Algo determinante em prol dessa criança.
Só assim, ela poderá se convalescer
E voltar a sorrir o sorriso do paraíso telúrico.
Protegendo essa maravilhosa criança,
Na verdade, estamos protegendo
A nós mesmos e a nossa continuidade.